sábado, 7 de abril de 2012

Ainda Tão Estranhamente Eu


O espectáculo desenvolve-se a partir dos “múltiplos” de Pessoa. As particularidades de cada um dos heterónimos, assim como as do seu criador, compõem um conjunto de quadros onde se observam “Mundos”, deslumbrantemente diversificados, onde tanto, aparentemente, parece simplificar-se mas, onde tudo, desesperadamente, se complexifica.
É na força avassaladora dos contrastantes que todo o espectáculo se define e se constrói. O ortónimo, Pessoa, os heterónimos Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos e ainda a presença de outras personagens do universo pessoano, estas com ténues aparições, convivem num território ambíguo, onde as mais intensas e suaves sensações coabitam com mecanismos labirínticos da mente e com a força inebriante dos sentimentos.
“Tão Estranhamente Eu” parte da ideia de um “Eu” onde habitam “vidas alheias”, de um “Eu múltiplo”, fragmentado, disperso, de um “Eu” que é tantos outros, e que só poderá dizer: “Não sei quantas almas tenho”…

segunda-feira, 26 de março de 2012

Tão Estranhamente Eu

O espectáculo desenvolve-se a partir dos “múltiplos” de Pessoa. As particularidades de cada um dos heterónimos, assim como as do seu criador, compõem um conjunto de quadros onde se observam “MUNDOS”, deslumbrantemente diversificados, onde tanto, aparentemente, parece simplificar-se mas, onde tudo, desesperadamente, se complexifica.

É na força avassaladora dos contrastantes que todo o espectáculo se define e se constrói. Ele propõe um trajecto labiríntico pelo qual se dá o encontro com os mais puros e inebriantes ou, em doloroso e surpreendente contraste, com os mais extremos e (in) confessáveis sentimentos, sensações, pensamentos e ideias. É no conhecimento da dimensão humana que o poeta se atinge em pleno. E, neste sentido, o espectáculo ousa desafiar as ambiguidades que habitam o corpo e a mente humana. As lutas consecutivas, às vezes infindáveis, entre estes, surgem como duas forças incontroláveis que se condenam e aprisionam mutuamente. Fatalmente, chegam mesmo à aniquilação mútua.
“Tão Estranhamente Eu” não deixa de “reflectir o “Eu” frente a um espelho em que (me) vejo tantos…Outros!